domingo, 22 de abril de 2012

A complicada vida dos superdotados


Albert Einstein era e Chico Buarque é. Dizem que até a Madonna também faz parte do grupo! Estamos falando de pessoas com quociente de inteligência acima da média, os chamados superdotados!

Michael Jackson também era considerado um menino prodígio. O talento para a música apareceu cedo. Aos 5 anos, já cantava e fazia coreografias fantásticas. Mas a cobrança que sofria do pai pode ter deixado marcas na personalidade de Michael, como a necessidade de parecer uma pessoa que ele não era.

                            Eles precisam de cuidados especiais, principalmente na escola.

Você deve conhecer alguma criança conhecida como "pequena notável" ou superdotada.
Pois a vida delas não é um completo mar de rosas.
Eles enfrentam uma série de dificuldades por terem inteligência acima da média e se destacar entre os colegas da mesma idade.

Os pais ficam orgulhosos, mas se preocupam muito em encontrar a melhor educação para os filhos.

O ano de 2006 foi considerado o ano dos superdotados pelo governo, que decidiu criar núcleos de atendimento a essas crianças.
O objetivo é evitar que elas sofram exclusão.

Uma das preocupações dos pais de superdotados é justamente evitar que seus filhos sofram preconceito na escola ou entre os amigos.

A neuropediatra Márcia Teixeira, , que também foi uma criança superdotada e hoje é uma grande especialista no assunto nos fala sobre isso.
Ela é coordenadora de um grupo de orientação a superdotados em uma associação mundial.
Uma das funções é esclarecer dúvidas dos pais, de professores e ajudar a aplicar formulários para diagnosticar crianças superdotadas.

Segundo a neuropediatra, há vários critérios para identificar superdotados: a presença de altas habilidades, de altos desempenhos em áreas específicas e conjuntas, envolvimento e concentração, motivação e criatividade.
Crianças superdotadas começam a falar muito cedo, com vocabulário rico e se expressam de maneira clara, colocando sempre o que sentem.

Sabe-se que há um componente genético na formação do superdotado. Mas há outros fatores, como um maior número de interligações entre os neurônios no cérebro dos superdotados. Também influenciam: a qualidade de vida, acesso à informação e oportunidade de desenvolvimento cognitivo.

O superdotado sofre muito preconceito. Ser "geninho" pode causar isolamento por parte das outras crianças. Por isso, o método que vem sendo aplicado é conhecido como enriquecimento. Por meio dele, a criança continua com a turma escolar de mesma idade e aprende a mesma matéria. O que a diferencia das outras é que há um maior aprofundamento daquilo que a turma aprende.
Tirar a criança do grupo, mudar de escola ou passá-la para uma turma mais avançada é segregação e isso pode causar problemas emocionais e de exclusão.

No Brasil, foram identificadas, segundo o censo escolar de 2005, 1980 crianças superdotadas em todo país. Esse número não pode ser considerado como oficial porque essa área é ainda pouco conhecida pelos professores.
Estima-se que existam muitas outras crianças com altas habilidades ainda não identificadas.

Márcia Teixeira
E-mail: marcia@mensa.org.br

Fonte: Rede Globo - Mais Você - Variedades 

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